Prof. Dr. Rodrigo Aparecido Vicente
E-mail: rodrigo.vicente@unespar.edu.br
Áreas de pesquisa: Estudos de Música Popular; História da Música Popular Brasileira; Jogo e Ludicidade na Música Popular.
Doutor em Música pela UNICAMP (2014) e professor adjunto do bacharelado em Musicoterapia da UNESPAR – Campus de Curitiba II. Tem desenvolvido pesquisas sobre a música popular brasileira em perspectiva interdisciplinar, buscando as articulações entre música, história, sociologia, crítica literária e estudos culturais. Atualmente, investiga o jogo e o lúdico na improvisação musical. É membro dos grupos de pesquisa “Música Popular: história, produção e linguagem (UNICAMP)” e “NEPIM – Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Musicoterapia (UNESPAR).
Projeto de pesquisa em andamento:
1. “O jogo e o lúdico na formação musical: uma pesquisa sobre improvisação e criatividade nas relações de ensinar e aprender”.
Nos últimos séculos, estudiosos(as) provenientes de diversas áreas do conhecimento se debruçaram sobre o tema do jogo e do lúdico em suas variadas manifestações. É possível encontrar estudos filosóficos (Schiller, 1989), historiográficos (Huizinga, 2012), sociológicos (Caillois, 2017) e psicopedagógicos (Vigotski, 2014) acerca da ludicidade e de suas formas expressivas em diferentes culturas e sociedades. No campo da música, pesquisas oriundas das áreas da performance (Costa, 2014), musicologia (Cook, 2007) e educação (Brito, 2019) somaram-se ao corpus teórico voltado às investigações sobre a ludicidade e a criatividade na experiência artística. A partir do estudo dessa fortuna crítica e da análise de improvisações e composições, pretende-se investigar as possibilidades e os limites do jogo e do lúdico na experiência musical, concentrando-se nas relações de ensinar e aprender música. Para tanto, parte-se do pressuposto de que o aporte teórico legado pela filosofia e ciências humanas contribuem significativamente para se pensar o fazer musical dito improvisado, pois, embora se materialize em manifestações por vezes individuais, este fazer permanece indissoluvelmente atrelado a um contexto histórico, social e cultural mais amplo; nessa direção, os materiais de que lançam mão músicos e musicistas e, especialmente, o modo como selecionam e articulam esses materiais em seus improvisos e criações informam a historicidade e o lastro sociocultural de suas obras, iluminando ao mesmo tempo suas maneiras de pensar, sentir e se relacionar. Interessa compreender, em suma, em que medida a ludicidade se faz presente e contribui para a formação desses artistas, atentando-se aos modos como esse impulso se manifesta nas criações, práticas e interações musicais.